quinta-feira, 30 de maio de 2013

Análise cinematográfica


 
Este anúncio foi divulgado no ano de 2005, pela marca O Boticário. Nesta altura, a marca apostou na publicidade que integrava e retratava personagens femininas de contos infantis a fim de causar de que se as mulheres usassem os produtos da marca iriam igualar-se às personagens dos contos.
Para facilitar a minha análise, dividi a imagem em três planos:
Num primeiro plano, há uma mão feminina (personagem secundária) portadora de uma maçã vermelha;
Em segundo plano, existe uma figura feminina (personagem principal) de uma beleza notável: cabelos negros e uma faixa vermelha sobre eles, pele claríssima, olhos azuis cor-do-céu, lábios encarnados. Usa um vestido azul com as alças vermelhas que favorecem os seus peitos.
E finalmente em terceiro plano, o céu azul com algumas nuvens espalhadas por toda a imagem.
A imagem apresenta ainda um texto no canto superior esquerdo em branco: “Era uma vez uma garota branca como a neve, que causava muita inveja não por ter conhecido sete anões mas vários morenos de 1.80m”

Cor
Os elementos constituintes da imagem não estão posicionados sem razão aparente. Por exemplo, as cores utilizadas na imagem. Analisando primeiramente a cor vermelha (presente na maçã, nas alças do vestido, na fita do cabelo e na boca da jovem,) remete para a ideia de paixão, proibição, excitação. O fundo azul do anúncio poderá ser interpretado como um paradoxo entre o vermelho quente: mostra nuvens e tons em degradé, dando a ideia de suavidade e tranquilidade.

A Branca de Neve
Ao olhar a primeira vista, o elemento que saltam desde logo a vista são os seus olhos, a sua boca e logo de seguida os seus peitos. A mulher aqui, é destacada pela sua beleza, a sua sensualidade e ao mesmo tempo o seu olhar misterioso e viciante. Não há presença de um ser frágil, ou puro como a Branca de Neve outrora era retratada; esta transmite agora confiança e poder no seu olhar, sensualidade no seu corpo, nos seus seios, no formato e cor da sua boca. Ela, é o alvo de toda a inveja. Ela atrai o tipo de homem perfeito (moreno de 1.80m).


A maçã
No ponto de vista religioso, a maçã é o símbolo do desejo e do pecado. O fruto proibido que Eva acreditou fazer dela, caso cedesse a tentação fazer dela melhor, muito mais inteligente e chegaria a ser talvez mais que Deus. Assim sendo, a maçã poderá simbolizar uma passagem para algo melhor (se analisarmos que a mão e a maçã se encontram a esquerda e poderá significar temporalmente um “antes”; e a Branca de Neve um “depois”, um resultado de provar do fruto proibido, por se encontrar exatamente a direita da maçã) A maçã poderá significar então, neste contexto, os produtos d’O Boticário que são uma tentação, mas que, de facto, trazem resultados inconfundíveis. O texto também fala de inveja "Era uma vez uma garota (…) que causava muita inveja (…)”. A pequena Branca de Neve, segundo o seu conto, era alvo de invejas por parte da Rainha Má, que não aceitava o facto de no seu reino haver alguém mais bela que ela. Então, disfarçou-se de velha, e levou até ela uma maçã de aspeto delicioso, mas portadora de veneno. Este fruto então, nesse prisma, poderá ser visto como o símbolo da inveja. E indo de encontro de novo aos produtos d’O Boticário, é a razão de inveja da parte das outras mulheres.

As mulheres modernas, nas suas publicidades, são representadas por princesas ousadas sensuais e delicadas, além de serem determinadas em relação aos homens e fortes de espírito com confiança para dar e vender. Estas são as mulheres modernas que não dispensam a sua vaidade e seu desejo de adquirir produtos que a ajudem a manter e melhorar a sua beleza, ao contrário da mulher dos séculos passados, que eram projetadas para casar, serem mães e serem donas de casa sempre debaixo das asas dos seus maridos, que eram tudo menos príncipes encantados. 

Por Ana Coelho

sábado, 25 de maio de 2013

Censura na internet



A internet aproximou as pessoas, tornando o mundo numa aldeia global, em que a maioria das pessoas consegue aceder à internet. A par de todas as facilidades e ferramentas que este meio de comunicação oferece, todos estamos facilitados a escrever o que nos apetecer e divulgar conteúdos sem qualquer problema, sejam estes factos verdadeiros ou não, ou seja, podemos colocar qualquer informação mesmo sendo falsa sem que haja um controlo prévio da informação lançada. Consideramos então a internet, um meio de comunicação massivo. Assim sendo, todos concordamos que a internet é um meio cheio de oportunidades e de debate de ideias, que pode muitas vezes gerar conflitos, devido à dualidade de opiniões. Já aqui falei que na intenet há falta de regulamentação e por isso todos podemos escrever o que quisermos neste meio, sendo mesmo conteúdos de natureza racista, ofensiva, pornográfica.
Se por um lado a internet aproximou o Homem, facilitou os negócios entre outras inúmeras vantagens adjacentes a este meio de comunicação, por outro prejudicou situações de caráter profissional, ou de investigação criminal ou até mesmo de segredo de Estado, devido ao facto de ser cada vez mais fácil aceder a informação confidencial ou fazer ataques a sistemas de segurança informática. Vejamos o caso da Wikileaks sobre as prisões de Guantánamo dos  EUA, que demonstraram o terror em que vivem os prisioneiros, pondo os EUA numa situação complicada, que poderia comprometer o equilíbrio mundial. 
Já alguns governos internacionais tentaram procurar os responsáveis pela divulgação de informações secretas, tendo também sofisticado os seus softwares com uma maior segurança.
Atualmente, vemos um grande aumento na utilização das redes sociais como forma de divulgação/promoção de marcas ou empresas, mas que por vezes censuram alguma opinião de um cliente, pois por vezes certas marcas não aceitam opiniões divergentes.
Em jeito de conclusão, todos concordamos que há uma liberdade total na internet, pois qualquer pessoa pode produzir qualquer mensagem e consequentemente torna-se também num alvo de censura. Temos todos o dever de estar sob alerta aos sinais de abuso e manipulação inerentes neste meio de comunicação.

Por Ana Coelho

Análise cinematográfica

Ana Furtado e Hitchcock para Sara Jóias (Foto: Fernando Torquato)



Ana Furtado inspirada no filme de Alfred Hitchcock “os pássaros”:


A campanha da Joalheria Sara, inspirou-se no filme “Os pássaros” como o clima ideal de suspanse, pânico e terror para mostrar o impacto e a atracção das suas jóias. No filme os pássaros das varias espécies atacavam a população, neste caso os pássaros são usados para realçar uma certa atracção pelas jóias sara, não tirando o objectivo do filme em si mas sim transpondo para uma outra realidade , como forma de mostrar que estas eram cobiçadas e admiradas pelos pássaros a seu redor que neste caso são substituídos pelas pessoas. As características da imagem mostram de forma clara os elementos caracterizadores do filme como os pássaros ao redor da modelo e a sua expressão de desespero e o clima de angústia. Neste caso temos o elemento significante que são as jóias, o significado que elas transmitem é deixar transparecer a pessoa que a usa uma ideia de riqueza beleza e poder que esta normalmente associada a quem as usa. O objectivo desta campanha é assim chamar a atenção para a marca destas jóias transpondo a imagem de superioridade e de unicidade.

Por Andreia Silva

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Anúncio publicitário Coca-Cola

Mais um anúncio da Coca-cola que nos serve de exemplo e nos aconselha a adotar um estilo de vida  saudável e desportivo.  Fica o anúncio e toca a MEXER!


Por Ana Coelho

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Anúncios publicitários - Benetton

A partir da década de 80. a Benetton (empresa italiana de grande sucesso e de grande reconhecimento por parte do público) decide inovar a maneira como publicita os seus produtos e a própria marca.
Passa então a chamar a esta nova etapa "United Colours of Benetton".
Afirmam agora, uma nova personalidade e estilo próprio; deixam, portanto, de mostrar exclusivamente a sua marca e passam a expor temas mais sensacionalistas e que deixam o consumidor (de certo modo) petrificados impossibilitando-o de ficar indiferente.
A marca aborda temas como o racismo, sida, pena de morte, etc, idealizados por Oliviero Toscani, fotógrafo da empresa de 1982 a 2000, que marca esta nova era publicitária.
No ano de 2011, a Benetton apresenta novamente algo chocante, campanha intitulada "Unhate" (Anti-ódio).
Nela, os rivais políticos da atualidade surgem numa utópica reconciliação afagosa. Obama e Hugo Chavez, Angela Merkle e Nicolas Sarkozy. Mas a mais bombástica e que provocou mais controvérsia foi a imagem que promove a reconciliação religiosa: Papa Benedicto XVI  e Ahmed Mohamed el Tayeb do Cairo.
Claro está, que a Igreja decidiu censurar esta provocação por parte da Benetton, que fez questão de colocar essa mesma  nas imediações da Basílica de São Pedro, no Vaticano.




Como já referi acima, a Benetton aborda muitas vezes o tema racismo. A imagem que se segue, aparentemente é de conotação inocente:
Dois bebés. Um de cabelos encaracolados e loiros, caucasiano. Outro, de cabelos grenchos, de origem africana. A questão é que este último apresenta "corninhos". O que temos então? Um anjo e um demónio? É de salientar também, que o bebé loirinho não apresenta qualquer alegoria ao céu, o que por si só já apresenta uma conotação negativa ao menino negro. Na minha perspetiva, há uma forte denúncia aos estereótipos. Basta refletirmos sobre a ideia que achamos que o Mal tem a cor negra e o Bem apela luz e claridade.



Esta imagem foi conseguida por activista norteamericano da luta contra o virus da sida, David Kirby. Ele, contrariu a doença e passou os seus últimos momentos de vida com a sua familia que o chora. Este cenário remete-nos para a escultura épica de Miguel Angelo, "La Pietá". O pai deste norteamericano choroso e inconsolado, ampara o seu filho quase-morto, assim como Maria, segura o seu filho, Cristo, nos braços. Esta campanha foi lançada nos anos 80, em que a doença tinha começado a ser falada há pouco tempo e foi exactamente quando a Benetton centrou as suas publicidades no assunto. Esta imagem, com a relação que tem com a escultura de Miguel Angelo que falei anteriormente tem uma conotação muito religiosa também. É de salientar que esta imagem é a mais dura, mais impressionista da marca.


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A última figura que apresento tem como tema a pena de morte, que a Benetton ousou "promover" como tema no inicio do séc.XXI. Este tema é ainda motivo de polémica e desacordo por todos nós. A favor ou contra? Até que ponto é correcto condenar alguém a morte mesmo perante os crimes cometidos? E os direitos a vida? 
A Benetton traz estas imagens polémicas e causadores de reflexão e de grande choque, que tornou, SEM DÚVIDA a marca de enorme sucesso.


Por Ana Coelho

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A educação digital

As tecnologias de informação e comunicação têm provocado uma mudança significativa na educação, pois proporcionaram a abrangência de novos modos de difusão do conhecimento e nas relações entre os professores e alunos. A próxima geração de educadores deverá ter uma maior facilidade com a informática, uma vez que, a sociedade está em constante progresso e as gerações futuras estarão cada vez mais informadas e preparadas sobre as tecnologias. Por exemplo, hoje em dia é perfeitamente normal observarmos uma criança com sensivelmente 7 anos a dominar por completo as funções básicas que o computador disponibiliza. Portanto, futuramente o professor não vai ser alguém dispensável, mas sim, deverá ter preparação e ferramentas necessárias para motivar os seus alunos e ajuda-los a produzir mais conhecimento, ampliando assim horizontes e novas possibilidades pedagógicas, já que a inovação da tecnologia o permite. Com o passar dos tempos, haverá uma redução nos livros e estes estarão melhor adequados á informática. Portanto, a informática poderá ser assim uma vantagem na qualidade de ensino, permitindo uma educação massificada com mais abrangência de conhecimentos em vários aspectos. Esta realidade está bem patente no vídeo que se segue:


Por Andreia Silva

Gatekeeper

Gatekeeper, termo que apareceu em 1947, nos EUA, no ramo da psicologia. Só nos anos 50, o termo foi aplicado na área do jornalismo, por David Manning. Este fez um estudo do fluxo de notícias numa redação, tendo concluído que poucas delas eram escolhidas e publicadas. Manning verificou que a escolha das notícias era de forma subjetiva e arbitrária, sendo que algumas notícias não eram lançadas por falta de espaço, outras porque eram repetidas e algumas porque a notícia já não era atual.
Gatekeeper, que traduzido para português significa porteiro, a função deste, é filtrar uma notícia, ou seja, é este quem decide se a notícia é divulgada ou bloqueada. Assim sendo, o gatekeeper tem o poder de decisão sobre a publicação de uma notícia, sendo ele a analisar a relevância e a importância do facto. 
O termo estará sempre presente no nosso quotidiano, pois é necessário alguém que desempenhe esta função; que seleccione as notícias que serão ou não publicadas.Por isso, ouvimos muitas vezes dizer que as notícias são como são porque o jornalista assim as determina. Esta frase é bem real, pois por vezes vemos que se dá demasiado destaque a algumas notícias, que permanecem em manchete durante vários dias, quase sem dar lugar a novas notícias. No entanto, na minha opinião, a função destes diminuiu, pois hoje em dia podemos procurar na Internet as notícias que queremos ler e por isso não estamos apenas restritos ao que vemos na televisão, ou lemos num jornal.  


Por Ana Coelho